Em comemoração ao dias das mães, resolvi pensar um pouco sobre como ser mãe mudou meu jeito de viajar. E tem mudança viu… Mas antes de falar sobre as mudanças, é importante dizer que ser mãe não significa parar de viajar. Significa se adaptar para continuar viajando sempre – e de preferência com as crias à tiracolo.
1. Ritmo
Se antes eu acordava às 6 da manhã e ficava andando na rua até às 10 da noite, hoje isso já não é mais possível. Se antes conseguia ver uma grande capital européia de cabo a rabo em poucos dias, isso já não é mais possível.
Ser mãe me ensinou a respeitar o ritmo mais devagar das crianças. Acordar sem despertador (que no caso da minha pequena é 6:30 haha), tomar um bom café sem pressa, preparar tudo que se precisa – e só então sair. Entender que tem dias que a criança não quer sair pra rua, que é melhor ficar a manhã em casa/hotel e sair só depois do cochilo do almoço.
Aprendi que esse ritmo devagar também é muito bom. Na correria muita coisa passa despercebida. Vivenciar o turismo sem pressa e sem compromisso é excelente.

2. Planejamento e Preparo
Amo a música da Ana Carolina: “vou deixar a rua me levar, ver a cidade se acender…”
Viajar assim nessa vibe é uma delícia. Sair por aí e se perder em vielas ou trilhas você descobre cada preciosidade… Mas com as crianças, é preciso mais planejamento. Imagina “se perder” na hora do almoço e não achar onde comer… caos na terra né!?
É preciso ter um roteiro planejado para o dia e a mochila preparada para qualquer situação. E quer saber, tudo bem. Isso diminui muito a ansiedade e perrengues das viagens.

3. Refeições
Se antes dos filhos era possível passar o dia todo com um sanduba na barriga, ou ainda melhor, sentar pra jantar em um restaurante bacana com uma garrafa de vinho – nenhuma dessas duas possibilidades existe mais.
Tem que fazer refeições decentes, e isso significa escolher restaurantes onde os filhos vão achar alguma coisa aceitável. Tipo restaurantes indianos, tailandês e etc – esquece. Tem que escolher o restaurante que serve filé de frango com legumes, macarrão à bolonhesa e por aí vai.
A minha filha ainda pregou uma peça na gente… a bichinha não comeu pizza até seus quase 3 anos. Ou seja, a gente tava doido pra comer só uma pizzazinha à noite – mas não – tinha que sair e procurar um lugar que tivesse comida que a pequena iria aceitar.
Outra coisa sobre as refeições, é sair com TUDO na mochila. Garrafa de água, biscoito, fruta, tomatinho, cenoura picada, pão… e até uma carne grelhada e picada num potinho a gente leva. Nós adultos podemos até passar fome, mas todo pai sabe o inferno que é uma criança com fome.
E nisso aprendemos a fazer piquenique! Nós entramos na onda e levamos até nossa garrafa térmica de café. Se tornou um dos melhores momentos do dia, parar e sentar em um parque para fazer nosso piquenique – sem falar no tanto que isso economiza né?

4. Viajar Leve
É um paradoxo.
Os pais vão viajar cada vez mais leves – tipo levar aquelas calças com ziper na coxa que viram uma bermuda. Pronto, já tem uma calça e bermuda 2 em 1.
No entanto, o tamanho da mala vai aumentar. Para o filho você vai levar roupas de praia à roupa de neve. Desde o maiô até o gorro de frio. Se esfriar, se filho estará 100% protegido – já você provavelmente passará frio ou terá que comprar aquele moletom (I <3 NY) de camelô.
Fora o espaço para levar aquele bicho de pelúcia que ele não dorme sem, o livro de colorir com lápis de cor pra distrair o filho em restaurante e por aí vai…
O lado positivo é que você (adulto) fica mestre em viajar com poucas coisas.

5. Dividir o tempo na viagem
Se antes você montava aquele roteiro louco pra maximizar sua viagem com sua programação, agora você aprende a compartilhar a viagem em família.
Tem que ter programação para todos – afinal, são todos integrantes da família e todos querem se divertir. Essa é uma das lições mais valiosas que tive. Para uma viagem sem estresse, tem que dividir a programação entre o tempo dos adultos e o tempo das crianças.
Funciona muito bem, ao sair de um museu – tem que parar ali no parquinho por 1 hora e deixar os bichos soltos. E tudo bem, é a vez deles se divertirem.

Conclusão: é só orgulho e satisfação
Quando sua filha de 2 anos aponta pra uma torre elétrica e diz que é a Torre Eiffel, você se enche de orgulho! Você tem a certeza – que mesmo que ela não lembre de nenhuma viagem quando for maior – você cumpriu seu papel como mãe-viajante. Este papel de educar, ensinar, mostrar diferentes culturas, cidades, povos, países…
Você tem certeza que tudo isso contribuirá para o crescimento e desenvolvimento do filho. Que está criando um ser humano mais tolerante, aberto ao novo, a conhecer locais, pessoas e idiomas diferentes.
Sabe que está dando asas para seu filho, que cada viagem contribuirá para que ele conquiste sua autonomia, independência e espaço nesse mundão incrível.

Se Lança por aí com seus filhos…
Aproveita e leia mais de nossas dicas:
Seguro de Viagem Internacional – vale a pena?
10 dicas para viajar de avião com bebê
Sua saúde e farmácia de viagem
15 dicas para uma viagem segura e saudável
Como tirar sua Permissão Internacional para Dirigir (PID)